sábado, 2 de julho de 2011

"BRAZUCAS DA NATAÇÃO CAEM NO DOPING ... PORÉM SE JUSTIFICAM!"

César Cielo é pego em exame anti-doping, mas não sofrerá punição. Dois pesos, duas medidas?

01/07/2011 por MundoTRI Triathlon Enviar por e-mail Imprimir

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Santaconstancia
Os casos de doping na natação estão se multiplicando. Após o exame positivo de Fabíola Molina para a substância metilhexanamina em uma prova no Canadá, no dia 22 de abril, mais quatro brasileiros foram flagrados em exames positivos no troféu Maria Lenk, no Rio, no mês de maio.
Entre os atletas flagrados, está o campeão olímpico em Pequim César Cielo, recordista mundial dos 50m e 100m livre. Na lista também estão os nadadores Nicholas Santos e Henrique Barbosa do Flamengo e Vinícius waked, do Minas Tênis Clube.
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Cielo em Pequim 2008
O exame, realizado pelo laboratório canadense NRS – Institut Armand Frappier, credenciado pela Agência Mundial Antidoping (WADA) apontou a mesma substância para os quatro atletas, a Furosemida, um diurético.
A punição, porém, foi branda. Os quatro atletas receberam uma advertência da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). Segundo a entidade, “os referidos atletas definiram com precisão como o diurético entrou no organismo, restando comprovado que não houve aumento dos seus desempenhos nesta competição.” A CBDA alegou ainda “que não foi identificada culpa ou negligência por parte dos mesmos no episódio.” Também foi levada em conta o histórico dos atletas, mas será que algum atleta pego no doping pela primeira vez tinha um histórico ruim?
A grande questão da Furosemida é que a substância, pode ser utilizada para mascarar o uso de outras drogas, como foi alegado no caso da triatleta Mariana Ohata, flagrada em 2009. Mariana foi considerada reincidente, recebendo uma suspensão de 6 anos das competições oficiais. A nadadora Daynara de Paula também foi pega com a mesma substância e sofreu uma punição de 6 meses em 2010. Parece, de fato, haver dois pesos e duas medidas para diferentes esportes e entidades.
Segundo César Cielo, o resultado se deveu a “contaminação cruzada. Veja sua nota oficial:
Sobre notificação da CBDA a atletas da seleção brasileira Quero dar minha posição a respeito de uma notificação de um painel realizado nesta sexta-feira pela CBDA, no Rio de Janeiro, sobre a presença da substância Furosemida, encontrada em alguns atletas da seleção brasileira que disputaram o Troféu Maria Lenk, em maio.
Durante o painel, todos os dados foram levantados e comprovada a presença da substância por meio de contaminação cruzada durante a manipulação de um suplemento (excepcionalmente, isso pode ocorrer, mesmo que observadas normas e protocolos de manipulação sob orientação da Vigilância Sanitária).
Sempre fiz uso desse suplemento e nunca um controle feito anteriormente apresentou problema. Pela segurança que tenho na utilização desse suplemento, creio que este resultado tenha sido um fato isolado. Por causa dessa mesma confiança, outros atletas também fizeram uso do suplemento.
Fato que nos ensina muito.
Durante toda a minha carreira, sempre tive o maior cuidado com todo tipo de medicamento ingerido. Me considero um atleta exemplar neste aspecto. Nunca utilizei nenhum recurso ergogênico ilícito que pudesse favorecer a minha performance.
Acredito que todo mérito de um atleta seja resultado de muito treino, dedicação e seriedade. Tenho a convicção de que todos os resultados que conquistei na minha carreira sigam esses pilares.
Faço controles constantemente – este ano, já fui testado cinco vezes. Fiz, inclusive, teste de sangue na França, durante o Aberto de Paris. Passo por controles periódicos e sou um dos atletas que integram o programa de rastreamento da Fina, o que significa que preciso sempre informar a entidade cada vez que me desloco. Posso ser testado a qualquer momento, em qualquer lugar. São as regras do jogo e eu sempre soube disso.
No dia 26 de abril, quatro dias antes de começar o Troféu Maria Lenk, recebi uma carta da Usada, órgão oficial antidoping dos Estados Unidos, me parabenizando pelos resultados dos testes antidoping realizados em Michigan, durante o Grand Prix.
Em nenhum momento fui imprudente ou negligente ou usei de imperícia. Não uso nenhum tipo de medicamento ou suplemento sem me certificar da segurança de sua utilização. Em qualquer lugar do mundo em que esteja, consulto sempre meu médico e meu pai, que é médico, sobre os componentes de todo medicamento ou suplemento antes de ingeri-los. Sou extremamente cuidadoso com isso e tenho a consciência tranquila de que não fiz nada para melhorar artificialmente meu desempenho.
Pelo respeito, pela confiança depositada em mim e consideração que tenho pelo brasileiros e a comunidade da natação e do esporte, estou esclarecendo a situação.
Cesar Cielo

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