sábado, 11 de agosto de 2012

"TRIATHLON OLÍMPICO DE CAIOBÁ - EDIÇÃO DE INVERNO"

Só agora depois de uma semana da realização da prova consegui um tempo para postar meu depoimento.
Essa semana foi uma semana muito corrida no trabalho, assim como a semana que antecedeu a prova, mas nessa semana tive tempo de refletir sobre tudo o que aconteceu no período antes, durante e agora após a prova.

Para você que acompanha meu blog e minhas publicações no facebook, pode perceber que desde o final de maio, após o Ironman, eu venho enfrentando dificuldades em meus treinos devido a dores nos sóleos das duas canelas, e uma dor na facia do joelho direito, que comprometeram meus treinos desde aquela época.

Não quero me estender com detalhes, pois pra quem acompanhou o diário de treinos 1/35 dias antes da prova em Caiobá, pode perceber as dificuldades que enfrentei com essas dores em cada semana que se aproximava da prova.

O resumo da ópera é que desde o SESC Caiobá desse ano eu não competia! Os motivos foram diversos, problemas pessoais, profissionais e até mesmo financeiros. E resolvi juntamente com meu técnico, Homero Cachel, que focaria os treinos para o Tri Olimpico de Caioba - Etapa Inverno, e assim o fiz.

No dia da prova eu estava bem, ainda que tivesse vindo de uma semana sem treinos devido a viagens profissionais que comprometeram a manutenção das modalidades.

A natação foi boa, sei que evoluí mas tenho muito trabalho pela frente ainda, será preciso melhorar muito mais. No ciclismo, ainda que sem vácuo o que tornou a prova muito mais competitiva, percebi que as quebras de treinos mais fortes devido a dor na facia comprometeram uma performance mais eficaz para sair melhor para a corrida, que por falar em corrida ...

Essa foi um verdadeiro desastre! Ja na transição do ciclismo senti que algo estava errado, meus sóleos pareciam estar petrificados e essa sensação me abalou psicologicamente, mas nao me entreguei. Logo que deixei a área de transição, ainda na primeira reta sinto necessidade de parar em uma arvore e alongar essa musculatura para prosseguir adiante, pois doía muito, e quando falo muito é muito mesmo!

Segundos depois de me alongar sigo adiante soltando as pernas gradativamente, mais uns 300mts pra frente essa dor me consumia a ponto de pensar em parar! Nesse momento dou uma parada, levo as mãos na cintura e nesse momento paro e penso: "Que M ... tá doendo muito! Paro ou não paro?"

Certo ou errado optei por seguir adiante, imaginando que após o primeiro ou no máximo segundo kilometro isso poderia mudar, ou seja, a dor pudesse desaparecer ou até mesmo eu suporta-la até o final. E foi o que aconteceu. Durante toda a corrida eu corri suportando essa dor que a cada kilometro só aumentava e pela primeira vez durante esse pequeno tempo de pratica nesse esporte, conheci o adversário mais duro até então - A DOR!

Termino a prova com muita, mas muita raça e quando cruzo o pórtico de chegada uma cãibra que até então eu nunca havia sentido, tomou conta da minha coxa esquerda travando minha perna e levando-me literalmente ao chão. Fiquei super constrangido com isso, mas não pude evitar essa situação pois eu definitivamente não conseguia naquele momento sequer flexionar minha perna. Todos os músculos da perna esquerda travaram e enrijeceram.

Termino a prova na 25a. colocação geral e 4o. lugar no Age Group.

Esse resultado mediante todas as dificuldades enfrentadas durante pré-treinos e durante a prova me deixaram feliz, mas nada satisfeito.

Essa semana não treinei devido as fortes dores que ainda se faziam presentes na minha perna esquerda e também por ter sido uma semana muito dura no trabalho.

Preciso definitivamente ir a um médico e tratar esses sintomas, que possivelmente tenham virado uma lesão, para após tratamento e cura dos mesmos retomar meu treinos.

Já decidi que vai ser assim, precisa ser assim.

Parabéns ao Maurício Letzow e Luis Goulart pela excelente prova que fizeram!

Bons treinos a todos.

Forte abraço,

Rodrigo "Digão" da Fonseca