sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Esse "é o cara" que venceu o Iron 70.3 em Pucon na categoria Amador!!!!


Fernando Pessoa, poeta brasileiro já dizia:"tudo vale a pena, quando a alma não é pequena", e completava: "Quem quer passar além do Bojador, tem que passar além da dor". O poeta não conheceu o "Pigmeu", apelido de ANDERSON AGENOR SANTOS, de 31 anos. Com a alcunha que justifica sua estatura, o triatleta se vira como pode para se manter no esporte - a sua razão de viver. Como tantos outros atletas , ele se esforça para se manter em competições com pouco apoio, a "sina" de quem faz esporte por que realmente gosta disso.

Entrevista DIEGO KRUGER

QUEM É PIGMEU?
Acima de tudo, um atleta que ama o esporte. Nasci em Guarapuava (PR) e sou professor de Educação Fisica. Minha infancia foi bem ativa e divertida, vida do interior (risos). Sempre estive envolvido com esportes.

DE ONDE SURGIU O APELIDO? 
Vem da infancia, como nunca tive uma estatura alta, meus amigos, todos mais altos, logo me deram o apelido, que pegou. Hoje, muitos me conhecem só pelo apelido.

COMO COMEÇOU A PRATICAR TRIATHLON?
Sempre pratiquei esportes. Criança que faz esporte está longe das ruas. Em 1999, mudei para Curitiba, onde conheci o triathlon atraves de um amigo que, me vendo correr, observou que eu tinha algum potencial para este esporte.

VOCÊ MOROU FORA DO PAÍS. COMO FOI?
Morei um ano e oito meses na Nova Zeladia. Foi uma experiencia muito positiva em todos os sentidos. Quando cheguei lá, estava sem bicicleta. Então, fiquei um ano sem competir até poder comprar uma. A partir daí, comecei a entrar nas competiçoes de triathlon, fiz tambem algumas provas de aventura e corridas de rua.

QUAIS SÃO AS DIFICULDADES PARA SER ATLETA?
Hoje em dia ainda existem dificuldades em qualquer esporte. A maior dificuldade ainda é a falta de incentivo financeiro (patocinios, apoios), que é pouco, mas que com força de vontade e persistencia pode ser alcançado.

QUAL SEU OBJETIVO COMO ATLETA?
Meu grande objetivo é poder treinar e competir até o fim da vida (risos), mas quer disputar o mundial de Ironman 70.3 em Las Vegas e o mundial de Ironman no Hawaii.

UM MOMENTO MARCANTE NA SUA CARREIRA DE ATLETA
Foram vários, mas acho que a etapa do X-Terra Triathlon, na Nova Zelandia, foi marcante por ser uma prova off-road e por que eu estava muito bem preparado para a competição. Fiz uma natação regular. Nos primeiros quilometros, ultrapassei  tres atletas e na primeira descida, que era bem ingreme e com pedras soltas, sofri uma queda muito forte, na qual tive a sensação de ter fraturado meu braço esquerdo. Pensei até em desistir da prova, mas resolvi voltar. Continuei, com muitas dores. Os atletas me olhavam e diziam: "go hard", "well done" ... Finalizei a prova com lágrimas nos olhos, pela superação, e fui muito cumprimentado por várias pessoas. Essa prova ficou marcada.

FIM DE ANO, FOI SÓ FESTAS?
Abri mão das festas pelos treinos, sempre pensando que para todo sacrificio tem uma grande recompensa. Então, estou fazendo todo o trabalho da melhor maneira possivel, o que me da a certeza de que excelentes resultados virão neste anos de 2012, que está só começando!